Arco Tietê

Plano de Urbanismo

Cliente: Prefeitura de São Paulo | Arquitetura: Triptyque
Superfície: 60 km²
Cidade: São Paulo | País: Brasil
Ano: 2013

Em janeiro de 2013, uma das primeiras iniciativas do novo Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foi a de lançar uma licitação para a elaboração e apresentação de estudos de transformação urbana para um perímetro urbano chamado Arco Tietê. Este perímetro é estratégico porque ele faz parte de um eixo essencial para o desenvolvimento a longo prazo da cidade de São Paulo: O Arco do Futuro.

Os estudos de pré-viabilidade do Arco Tietê devem levar em consideração a condição estratégica deste espaço de 60 quilômetros quadrados, tanto no sentido do espaço urbano como no sentido macro metropolitano e regional, para orientar um desenvolvimento urbano mais equilibrado do ponto de vista social, econômico e ambiental para a cidade de São Paulo.

Nossa proposta se baseia na reconquista da geografia do território do Arco Tietê através de três ações diferentes. Primeiro, nada pode ser feito sem a criação de um organismo transversal que reúna o estado, o município, os meios de transporte, a energia e todos os agentes que possam ter influência no território. Para isso, sugerimos a criação de uma Oficina de Planejamento Urbano, baseada no modelo APUR, com o objetivo de administrar esta discussão histórica sobre o futuro do planejamento urbano em São Paulo.

Em segundo lugar, consideramos importante aproveitar a Marginal Tietê, uma infra-estrutura rodoviária criada pela geografia, e assumi-la como um eixo estruturante do território. Queremos que a Marginal, que hoje é uma verdadeira rodovia urbana, se torne um eixo urbano capaz de ser a base da economia e da vida social neste território. Este eixo vai ser estabelecido na criação de um parque linear, pela expropriação de uma “faixa orgânica” de terra ao longo da Marginal. A circulação dos carros continuará nas pistas destinadas a esse efeito, mas uma linha de transporte público ao longo da Marginal assegurará a mobilidade no parque linear. A cidade então já terá recuperado sua relação com o rio, que agora passará a ser a razão para o desenvolvimento urbano local: um eixo que vai conciliar o meio ambiente, a economia, as habitações e a mobilidade.

E por último, queremos instaurar o Arco Tietê e principalmente o eixo da Marginal Tietê como um corredor cultural onde se concentrariam várias atividades fixas e ambulantes no tecido urbano local e ao longo do rio. Para isso, sugerimos a construção de um Museu Linear de Arte e Criação à beira do rio, atribuindo ao parque linear um caráter cultural e ao mesmo tempo aproximando a população à geografia do território que habita.

Nossa equipe é composta por:

  • Argeplan: Planos diretores, estudos de viabilidade, supervisão e execução de projetos, estudos ambientais. Consultores de engenharia civil e transporte.
  • Phytorestore: Pesquisa e desenvolvimento especializado em fitorremediação.Projetos para a recuperação de áreas verdes e cursos de água. Consultores sobre questões ambientais e tratamento de águas.
  • Marcio Bueno: Advogado e Ex-Secretário da Habitação de São Paulo. Consultor jurídico.
  • Hervé Théry: Geógrafo, professor na Universidade Federal de São Paulo e membro do Centro de Pesquisa e Documentação da América Latina.
  • Novas Funções Urbanas: Desenvolvimento de projetos urbanos, operações imobiliárias.

Diretor Geral: Luiz Trindade | Chef do Projeto: Alexandre Pierrard | Créditos: Triptyque

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